Com uma narrativa potente e cenas realistas, Pssica vem se destacando entre as produções mais assistidas da Netflix. A minissérie é ambientada na Amazônia paraense e aborda temas como tráfico humano, violência urbana, exploração sexual e desaparecimento de pessoas. Tudo isso é retratado em um enredo forte, capaz de prender a atenção do espectador desde o primeiro episódio.
Outro ponto marcante da produção é a forma como revela a vulnerabilidade social e a luta por justiça enfrentada por tantos brasileiros. No Pará, a palavra pssica é uma gíria que designa maldição, azar ou algo negativo que persegue alguém. Adaptada do livro homônimo do escritor paraense Edyr Augusto, a produção dirigida por Fernando e Quico Meirelles apresenta semelhanças com Cidade de Deus ao narrar, em ritmo de ação, uma trama que une crítica social e a realidade brasileira. O livro foi inspirado em relatos colhidos em cidades do Pará, como Breves, Faro e Afuá, marcadas pela ausência da lei. Esse cenário também se estende à capital, Belém, frequentemente apontada como uma das mais perigosas do mundo.
Sinopse
Em Pssica, os caminhos de três desconhecidos que acreditam estar amaldiçoados se cruzam enquanto navegam pelas águas do Rio Amazonas. Janalice (Domithila Catete) é sequestrada por uma quadrilha de tráfico humano; Preá (Lucas Galvino) enfrenta dilemas morais sobre seu destino como chefe de uma gangue de ratos d’água; e Mariangel (Marleyda Soto) busca vingança pelo assassinato da família. Sem imaginar a existência um do outro, eles acabam se encontrando às margens do rio e precisam lutar juntos para sobreviver à pssica (maldição) que acreditam ter recaído sobre eles.